Impressões do antes (ou, eu irei, ele irá...eles irão). No princípio era o verbo, a verba, e depois o destino. Para além de assumir a tradução portuguesa homónima do verbo propício à viagem, quando o Irão se torna destino e não verbo conjugado no futuro do indicativo, é pelo fascínio que ele provoca que se decide roer caminho até lá! Por ser um país embriagado em costumes alimentados pela sua língua - o farsi, pela sua história, por aquela religião - o Zoroastrismo, pelo seu povo, e até pela sua polícia, a dos costumes. Durante trinta dias vestimos essa cultura com vontade de saber o que é ter aquela visão, esta audição, muito paladar, algum tato e um olfato persa, no masculino e no feminino. Fazemos as malas do estrito necessário, dobrando a novidade e o inesperado para deixar espaço para o que trouxermos de lá.

segunda-feira, 18 de março de 2013

No olho da rua: quando a arte do stencil encontra-se no caminho de um Mullah

Fotografia de Icy and Sot, Teerão, Irão. 

Se há alguém que desafiou o governo iraniano sem freio nem receio, e uma coragem de leão são os irmãos, skaters e sobretudo artistas Icy and Sot, originários de Tabriz no Irão. Se Tabriz rima com carpetes, monumentos e mesquitas da era Safávida de 1500, um turbilhão de imagens mergulham-nos no coração do século XXI. A arte sai das instituições, desce à rua e faz com que os muros falem. Discursam sobre questões sociais armados de raiva, esperança e humor. A obra de Icy and Sot já foi recebida em diversas galerias underground por todo o país. 

E quando um Mullah, pilar da doutrina religiosa muçulmana e órgão de influência do poder político, se cruza com uma imagem gravada em tons de liberdade, justiça e paz? 

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

A gruta do Ali Babá é uma casa de chá



Para lá entrar não tivemos de proferir abre-te Sésamo, empurrámos a porta, penetrámos no coração duma nave de majestade empoeirada, onde tropeçámos o olhar num sem fim alucinante de velharias suspensas, cobrindo por camadas sucessivas a epiderme de paredes arqueadas. Naquelas paredes acastelavam-se uma curiosa e miúda legião de lanternas, vasos, quadros, esculturas de madeira, bules, relógios de pêndulo, de bolso e shishas em perfeita anarquia. A fumarada langorosa das shishas denunciava a sua exclusividade de casa de chá. O tumulto da arrumação revelava indícios do pouco tempo que nos restava para vadiar regaladamente neste esconderijo moldado ao bazar de Esfahan. Estávamos na Chaykhaneh-ye Azadegan (a casa de chá Azadegan).

O mais cativante, no entanto, não era um tesouro numa caverna. Era um velho, emagrecido, entre rugas fundas, de cabeça curvada, murmurando nas suas profundidades o montante das notas que rareavam na caixa para abundar nas suas mãos. De rosto moído num queixume, espalhava por nós um olhar já de impaciência com o ruído de cada fotografia tirada. Mas nós queríamos lá permanecer ou levar uma versão portátil desta casa de chá, para frequentar a caverna do Ali Babá, em latitudes mais ibéricas.









quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Esfahan, a sedutora



7 letras dão nome à cidade. Esta ganha vida na boca dos Persas, com todas as letras pronunciadas em cheio e um H solto por um sopro, diferenciando-o do "irmão" mudo. 

3 - A seguir a Teerão e Mashhad, Esfahan é considerada a terceira maior cidade do Irão com 1,583,609 pessoas no seu espaço. Cosmopolita e turística, Esfahan revela-se como um promontório sobre as riquezas e belezas da arquitectura persa e do seu esplêndido artesanato. O universo das carpetes, dos têxteis, da pintura, do artesanato de cobre e de madeira fazem uma vénia à cultura tradicional persa e sobretudo à época áurea de Shah Abbas o Grande, rei da dinastia safávida de 1587 a 1629. Graças a ele, hoje em dia, Esfahan é o destino turístico mais procurado pelos Persas.

1047 / 1598 – Em 1047, os turcos seljúcidas fazem de Esfahan a sua capital, durante 180 anos. Quando os mongóis decidem meter um fim a esse reino, Esfahan só voltará a revelar a sua grandeza em 1598, quando é proclamada novamente capital, mas desta vez pelo Safávida, Shah Abbas o Grande. Shah Abbas capricha então a cidade, explorando o seu potencial até esta ser invadida por Afegãos em 1722. 

½ - Esfahan é metade do mundo ("Esfahān nesf-e jahān ast") alega um célebre provérbio persa, desde o século XVI. Em poucas palavras desenha-se a supremacia da cidade nos tempos em que o império atingia um auge de excelência. Esta rima chave tornou-se um pretexto promocional de uma cidade de obrigatória passagem turística, com selo de qualidade. 

– (wow, em que língua for) é provavelmente a onomatopeia mais pensada, sentida e exprimida na cidade de Shah Abbas. As mesquitas Masjed-e Jameh, Masjed-e Shah e Masjed-e Sheikh Lotfollah afirmam-se verdadeiros museus a céu aberto. "Wow" incansavelmente recupera forças, ao infinito, e volta a fazer parte do nosso vocabulário para durante dias, de Esfahan até à margem sul do Tejo ser louvada a ornamentação persa e a sua arquitectura religiosa.

89,600 m2 –  representa a área ocupada pela praça Naghsh-e Jahan. Uma das maiores praças do mundo, e um concentrado de arquitectura e convívio familiar e social iraniano foi designada património mundial pela UNESCO.  Com todas as razões para ser uma das praças mais vaidosas, esta é rodeada por um bazar fabuloso, pelas mesquitas mais espantosas do Irão e pelo palácio do Rei Shah Abbas. Nela, a natureza converge disciplinada em filas organizadas de árvores e domesticada com espaços de relva lisa como uma carpete cercando uma fonte rectangular. 

11 pontes históricas juntam, uma a seguir à outra, as duas margens do rio Zayandeh, em Esfahan. A ponte Khaju, talvez a mais encantadora, cumpre uma função comunicativa entre as duas margens. Porém, quando a noite cai, a comunicação deixa a geografia para trás e denuncia servir mais as pessoas entre si que dois pontos separados por um curso de água oriundo das montanhas. Os noctívagos elegeram a sua ponte de encontro, acolhedora e majestosa, onde a luz e a sombra brincam à apanhada nos arcos improvisados em pátio de recreio, até o nascer do sol.

400 são os quilómetros percorridos pelo rio Zayandeh. Esfahan deita-se na fralda das montanhas Zagros pelas quais o rio segue o seu percurso até furar o coração da cidade sedutora, para desanimar no deserto Kavir. 

0 gotas do rio deixaram-se observar. Não fomos embalados pelo Zayandeh nos 297 metros da ponte Khaju. O Zayandeh fez-se tímido tal como as chuvas do ano, deixando a epiderme da superfície seca e rachada, estranhamente lunar.

2 – Fesejan, um prato típico de Esfahan, apresenta-se como um guisado de borrego ou pato mergulhado em molho de romã e nozes. O fesenjan abraçou, por duas vezes, o nosso paladar em conforto.

20 foi o número de vezes que falámos em voltar, a comer esse mesmo prato típico de Esfahan.
















quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Surpresas improvisadas


Encontrou-se o atleta Pahlavan, durante um treino de Zurkhaneh em Esfahan, a 8 de outubro 2012.


Ali Reza Farhang, lutador de olhos cristalinos à noite, estudante em engenharia civil de dia, atraiu a nossa atenção pela semelhança física com António Variações. No final do treino, quando já estávamos à espera que acabasse a frenética sessão fotográfica asiática que o rodeava, perguntámos timidamente se podíamos tirar uma fotografia com ele. Aceitou com cara de quem pouco consente, aborrecido do interminável flash turístico. Entregámos a máquina a outro Pahlavan, pouco entendedor em como usar um instrumento fotográfico. Resignados, após algumas tentativas sem sucesso, agradecemos e despedimo-nos do Pahlavan mais parecido com uma figura de peso da música portuguesa. Armado de todos os mecanismos da espontaneidade, o nosso encontro grã ventura levou-nos a jantar, com ele e um amigo, Mojtaba Kamali. Com a melada flor dos seus vinte cinco anos, brotava neles o sentimento da descoberta do que vem de fora, de que aquela noite por estarmos juntos já era uma aventura. You are our guests, repetiam eles, depois de nos terem oferecido o jantar. 

Com um inglês repreensível que compensava com um jeito descontraído, "acamaradamos" noite fora pela cidade mais turística do Irão. O seu desejo de viajar fora das fronteiras do mundo persa era mundo, revelando que a sua concretização não tem forma, nem nome. Riam com ironia da fortuna e da sua roda, revelando as suas limitações financeiras para viajar: Yeah, sure we can travel… to Shiraz, to Tehran, to Yazd!

Se Alireza parecia aquele senhor da música que fez do nome Variações um propósito para os seus variados estilos musicais, foi o amigo Mojtaba que nos mergulhou em vozes vocacionadas a elogiar a música tradicional persa. Se no carro namoravam música pop Do you like Rihanna? I love Rihanna!! Shakira, Jennifer Lopez, Gipsy Kings, do you like?, foi um momento de improviso musical que abriu o nosso passeio nocturno. No instante em que Mojtaba começou a cantar, no Peugeot 206 que nos levava ao centro da cidade, as vibrações persas esmagaram as referências ocidentais prévias. Melódica e poderosa, a sua voz mergulhou-nos por segundos em plena atmosfera persa. 

Depois de uma noite de luta, de um encontro inesperado e de cordas vocais memoráveis despedimo-nos à porta do nosso hotel de mais um dos perigos do Irão.





sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Procura-se: atleta Pahlavan




A International Zurkhaneh Sports Federation fundada em 2004 e com sede em Teerão,  diria: Procura-se Pahlavan (atleta de Zurkhaneh) com disponibilidade completa ao pôr do sol, com uma folga semanal à sexta-feira. O treino reforça a destreza muscular, resistência respiratória, flexibilidade, resistência muscular e o sistema cardiovascular. Força, velocidade, vivacidade, equilíbrio e coordenação são as aptidões solicitadas.
Para ser um verdadeiro Pahlavan deverá respeitar um código moral e religioso – a Javânmardî. Exige-se humildade, generosidade, virtude, caridade e piedade, o respeito pela lei, a coragem e a salvaguarda das tradições nacionais. 


Pa Zadan – o aquecimento
Consiste em saltos e movimentos circulares dos braços e dos pés. 



Sang Gereftan - o escudo
Dois escudos em madeira de 20 a 40 quilos e de 70 a 110 centímetros de comprimento são movimentados da esquerda à direita. Deitado no chão, o Pahlavan levanta e baixa o Sang, sem este poder tocar no chão. 

Shena Raftan - as flexões
Formando um círculo no recinto, o Pahlavan apoia o peso do corpo numa peça de madeira (takhteh) de 10 centímetros de espessura e 70 de comprimento. As flexões são efetuadas ao ritmo do Morshed



Mil Gereftan – os pesos
Ideais para manter uma forma de lutador, difíceis de levantar para um peso pena. Ao primeiro toque do sino, e ao ritmo das percussões, o Pahlavan gira os pesos à volta dos ombros, ou exibe a sua agilidade com malabarismos. Um peso de 2 a 50 kg em cada mão, o Pahlavan pode descansar os pesos nos ombros. 






Charkh Zadan – o rodopio
Inspirados nos iniciados ao Caminho Sufi, a célebre prática dos dervixes rodopiantes na mística Samâ testa a agilidade de um Pahlavan. O mais novo inicia o exercício, repetido por todos os lutadores sucessivamente. Começando a rodopiar devagarinho, aumentando a velocidade, o lutador determina quando o exercício chegou ao fim, ao sentir alguma perda de controlo ou ao sentir-se atordoado, deixando o seu lugar ao próximo, sob os aplausos do público.



Kabbadeh Zadan – o arco
O Kabbadeh é um instrumento de metal em forma de arco, pesando de 7 a 10 quilos. Substituindo a corda do arco, uma corrente é decorada por discos de metal. O exercício consiste em levantar o Kabbadeh por cima da cabeça, balançando o instrumento de forma que desenhe uma linha horizontal fictícia, comprovando a destreza e força de um Pahlavan.


Niayesh - a oração
A oração, liderada pelo Morshed, abre e fecha o treino. Esta faz referência à crença dos lutadores. Rezam pela glória do país, pelo respeito dos seus atletas e por se manterem em caminho de virtude. No final, cada Pahlavan deixa o recinto de forma hierárquica. 









quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Zurkhaneh, o desporto nacional persa

Proveniente de uma técnica milenar, acredita-se que o Zurkhaneh tenha origem no treino de guerreiros prontos a defender o país das diversas ameaças ao império persa. Apesar de ter o nome de Varzesh-e Pahlavani ou Varzesh-e Bastani – desporto dos heróis – o desporto tradicional persa por excelência é habitualmente conhecido por Zurkhaneh (zur-rra-né para quem quiser treinar a sua pronúncia). Pois Zurkhaneh (casa da força) é o nome que se dá ao edifício que acolhe a prática desta atividade.

Apesar de constituir, em pleno século XXI, uma modalidade olímpica, o Zurkhaneh alimenta-se da riqueza espiritual do Sufismo, dos rituais do Mitraísmo e de um certo heroísmo nacional. Com a introdução do Islão na cultura persa, desde os Safávidas até hoje, uma dimensão espiritual e teatral tornam-se inseparáveis da corporal. Ultrapassando a esfera física, o Zurkhaneh não é só um desporto. A sua prática é elevada a valores morais, espirituais, filosóficos e religiosos da civilização persa, muito além do exercício físico aparente ao olhar virgem de um viajante.

Existentes desde a dinastia Parta (250 a.C. - 224 d.C.), as Zurkhanehs eram salas onde os patriotas reuniam-se para discutir técnicas de combate contra o inimigo. Os invasores destruíam frequentemente as Zurkhanehs – casas de força, cavalaria e generosidade. No entanto, no Irão, a construção de Zurkhanehs continuou.

Atualmente, estas decoram-se como verdadeiros templos de veneração. Por pequenas portas revelam-se salas intimistas com paredes repletas de fotografias de heróis nacionais e de retratos de grupo dos atletas da cidade. No chão, percorre-se com o olhar centenas de instrumentos pouco convencionais usados para cada exercício (Mīl, Kabbadeh, Sang e Takhteh e Shena). Estes são praticados num recinto em forma octogonal com um metro de profundidade e 10 a 20 metros de diâmetro. Sentado numa plataforma chamada Sardam, o Morshed, grávido de um tombak (tambor) conduz cada exercício de culturismo, ginástica e luta com ritmo e incentivo. Ao toque do sino (zang) inicia-se e termina-se cada exercício. O Morshed, ao ritmo das percussões, dedica as suas cordas vocais ao canto de versos de poesia tirados essencialmente do Shahnameh – Livro dos Reis – escrito pelo grande Ferdowsi.

Quando Portugal estava a dar os seus primeiros passos no mundo do futebol, próximo das últimas décadas do século XIX, o Zurkhaneh atingia o seu auge em plena dinastia Qajar, tendo como principal impulsionador Nasser al-Din Shah (1848-1896). Quando o primeiro jogo opôs Portugal a Inglaterra, na Praça de Touros do Campo Pequeno em 1889, novas casas de força estavam a ser construídas em Teerão e por todo o país. O futebol atraia a alta sociedade portuguesa, o Zurkhaneh era o favorito do Shah. Porém, vítima de síndrome de fanatismo da bola, o Irão destronou o seu desporto nacional, substituindo-o pelo futebol.

Na altura de Nasser al-Din, no dia de Noruz (o ano novo persa), a 21 de março de cada ano, um campeonato era organizado. Ao campeão era entregue uma pulseira – bazou band. Esse ornamento de sucesso propulsionava ao atleta tornar-se herói nacional, verdadeiro elogio à memória de lutadores nacionais da mitologia persa. Grandes atletas, tais como Jahan Pahlavan Takhti, cresceram no mundo do Zurkhaneh para serem reconhecidos mundialmente. Foi na cidade de Helsínquia que o Irão, graças a Takhti levou para casa, pela primeira vez, uma medalha de prata nos Jogos Olímpicos de 1952.











segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Artesanato à primeira vista, eterno orgulho persa


Sou a base em altura da reza e revisto o chão das mesquitas, sou um produto nacional de renome pelo mundo fora e não há casa iraniana que não me tenha como decoração. Quem sou?

Omnipresente no quotidiano persa, o tapete é um objecto usado e abusado nas suas variadas funções. É um produto de peso no mercado, admirado pela sua beleza e respeitado pelo seu artesanato de qualidade. A sua estética é deslumbrante e a mestria de execução cativante. 




Durante séculos, a tecelagem persa dependeu de materiais locais, produzidos por técnicas tradicionais. O ofício de tecelão escolhe como matéria-prima a lã de ovelha, lã de camelo (especialmente tirada do pescoço por ser mais macia), lã de cabra, algodão e seda. Todas elas tingidas por corantes naturais. O vermelho é extraído da planta madder. O amarelo é mergulhado em açafrão. 

A lã e o algodão, materiais resistentes, são usados para fazer carpetes de uso doméstico, deitadas no chão prontas a serem pisadas. Quanto a seda reserva-se para um uso decorativo, exposta na parede como aparato de esplendor. Nem todos os tapetes são feitos com lã ou seda exclusivamente, alguns têm uma base de lã acompanhadas com partes cintilantes, provas da presença da seda. Em casa de uma família onde fomos recebidos em Teerão, duas carpetes decoravam o chão da sala. Porém, por conter alguma seda, mantinham-se protegidas por lençóis, tirados somente ao receberem visitas. O povo iraniano não ignora o valor de um tapete persa, para quem venha de fora. Por isso, muitos iranianos aconselhavam-nos a poupar em refeição e estadia, para reservarmos o nosso capital de viagem com intuito de voltarmos orgulhosos com um tapete made in Iran na mão. 


Existem vários tipos de tapetes. A sua proveniência inclui a produção de tribos nómadas e de artesãos das cidades. Cada cidade contém o seu padrão identificável por qualquer olho treinado. Qom, antro de religião produz carpetes com o modelo do domo de uma mesquita. Na’in é a cidade dos padrões florais. Muitas pessoas orgulham-se de lutarem contra o fabrico industrial de tapetes e de manterem a tradição da tecelagem feita à mão e tingida com cores naturais.



Para definir a qualidade de um tapete, vira-se o próprio do avesso. O valor do tapete atinge uma qualidade superior quando a parte escondida é tão pormenorizada como a exibida. Por outras palavras, o número de nós por centímetro quadrado é neste caso proporcional ao valor do tapete. Tapetes soberbos conseguem atingir 169 nós por centímetro quadrado.




Se a arte da tapeçaria não vos palpita nenhum interesse é porque ainda não lhe dedicaram a devida atenção. Passado algum tempo, coleccionando informação sobre esse rico artesanato, entranha-se um desejo de coleccionismo fervoroso.